O país está em crise e o desemprego, aumentando.
Com isso, é natural que haja interesse em ocupações autônomas, de forma a não depender tanto de um emprego formal.
O cargo de síndico profissional poderia, então, ser uma boa resposta para quem está buscando colocação, algo cada vez mais recorrente.
Porém, será que o cargo de síndico profissional deveria ser ocupado por alguém com pouca experiência no setor? Por uma pessoa pouco preparada?
A resposta unânime entre o entrevistados foi: não.
Isso porque o cargo de síndico profissional não é para qualquer pessoa que se disponha a fazer um curso e já se sinta pronto para o mercado. O nível de exigência é enorme por parte dos moradores e do mercado.
“Já vi casos de pessoas que foram fazer cursos longos e bastante informativos, que perceberam que a função de síndico pede demasiada responsabilidade e que não é indicada para todos os perfis”, conta o advogado especialista em condomínios João Paulo Rossi Paschoal.
O advogado ainda ressalta que fazer cursos é muito importante para quem está no mercado, mas que é fundamental também ter uma experiência prévia na função.
Cuidados para contratar um síndico profissional
É importante que existam critérios claros no momento de se contratar um síndico profissional para o seu condomínio, por ordem de importância.
Veja alguns:
- VIVÊNCIA PRÁTICA: é fundamental que ao se contratar um síndico profissional, o mesmo já tenha exercido a atividade em outros condomínios. Dê preferência aos gestores com experiência em empreendimentos com perfil similar ao seu. Afinal, pode ser muito diferente administrar um condomínio comercial, clube ou um empreendimento que esteja em fase de implantação.
“Ter experiência mínima de 5 anos na área é importante. Seja em administradoras de condomínio (o ideal), seja na administração de empresas ou áreas correlatas, como direito ou contabilidade aplicada a condomínios. É importante que o síndico tenha referências, seja como síndico, seja como profissional da área condominial ou de gestão”, argumenta o advogado especialista em condomínios André Luiz Junqueira.
- CONHECIMENTOS TEÓRICOS DE GESTÃO: a atual legislação, regras e normas que regem os condomínios, assim como as responsabilidades que incidem sobre o síndico, têm se tornado cada vez mais complexas e difíceis. Um bom síndico profissional, para exercer o cargo com segurança e confiança, deve estar sempre muito bem capacitado e atento às novidades do mercado. Por isso, estar sempre atualizado é de extrema importância.
Para quem deseja entrar no ramo, os cursos (online ou presenciais) e eventos são um ótimo ponto de partida para os iniciantes, e essenciais para síndicos experientes reciclarem seus conhecimentos. Vale lembrar que também permitem ampliar o networking para futuros trabalhos.
- CURSOS COMPLEMENTARES: O síndico deve dominar diversos outros assuntos além de gestão condominial. Entender de manutenção de itens como elevador, bombas e portões, cuidados com a segurança, legislação para condomínios, etc.
“Esse tipo de conhecimento é muito importante para um síndico profissional completo, principalmente se ele já fez bons cursos de gestão e quer ampliar seus conhecimentos”, assinala o diretor da Gábor RH Ricardo Karpat.
- CONHECER CLIENTES ANTIGOS: tão importante quanto conhecer os clientes atuais do gestor é procurar saber o motivo de porque ele não atuar mais em antigos clientes.
“É interessante saber porque ele não trabvalha mais lá e as impressões do conselho acerca do período em que atuou no condomínio”, explica o diretor da administradora Habitacional Fernando Fornícola.
- GARANTIAS: saber qual é o patrimônio do síndico ou da empresa dele também ajuda a tranquilizar o conselho e os moradores. Outra opção é saber se o profissional conta com um Seguro de Responsabilidade Civilespecífico para síndicos.
“É válido ver se existem essas garantias em caso de eventuais prejuízos causados pelo síndico”, afirma André Junqueira.
Fonte: https://www.sindiconet.com.br/informese/sindico-profissional-e-coisa-seria-administracao-sindico-profissional